De 25 a 35 milhões de pessoas devem ficar sem atendimento por planos de saúde em consultórios, ambulatórios e hospitais, nesta quarta-feira (21), estima a Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu). Os médicos suspendem por 24 horas as consultas por convênios que não reajustaram os valores pagos pelo serviço.
É a segunda vez este ano em que a categoria paralisa. Na primeira, em abril, usuários de todos os planos foram afetados. Agora, apenas os planos que não negociaram ou não reajustaram os valores sofrerem a sanção.
Os médicos pedem aumento imediato no valor das consultas pago pelas operadoras e a fixação de um reajuste anual. De acordo com a classe, os planos de saúde pagam, em média, R$ 40 por atendimento. O valor mais baixo encontrado pelas entidades médicas é R$ 15, e o maior, R$ 80. A categoria defende mínimo de R$ 60.
A reivindicação é que a remuneração dos médicos tenha reajustes anuais, assim como as mensalidades cobradas pelos planos. Segundo os médicos, nos últimos anos, os planos de saúde foram reajustados em cerca de 150%, enquanto a remuneração médica não chegou a subir 50%. "Aos médicos, não há previsão de aumento. Só nos resta o conflito", disse o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriça Miranda.
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