A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), discordou da avaliação do secretário da Casa Civil de Salvador, João Leão, que se autodeclara “pai do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC)”. De acordo com a petista, que coordenou a campanha da então candidata Dilma Rousseff, quem idealizou o PAC foi a presidente da República. Segundo ela, logo que a crise financeira internacional eclodiu, havia uma carência no país de projetos, em setores como infraestrutura, habitação e saneamento, que beneficiassem a população e, ao mesmo tempo, gerassem emprego e renda. “O PAC surgiu no governo Lula, quando Dilma ainda era ministra. Havia uma carência muito grande de projetos dos municípios, que não tinham a cultura e a prática de captar recursos do governo federal. Foi uma forma que ela encontrou de orientar e mobilizar os municípios a receberem investimento, o que foi fundamental para sairmos da crise”, enumerou. Moema relata que a elaboração do chamado “carro-chefe do governo” contou com a participação da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades, então comandado por Márcio Fortes, que, segundo ela, “é do PP, mas não tinha tanta aproximação” com o grupo do deputado, hoje licenciado. “Ele casou com Dilma? Ela é que é a mãe do PAC e não necessariamente precisa ter um pai. Ele e Walter Pinheiro faziam parte do orçamento [comissão], mas todo mundo quer ter paternidade naquilo que é bom. Ninguém quer ter um filho que não presta”, disparou Moema. A polêmica veio à tona esta semana quando, durante a audiência pública do Plano Plurianual (PPA 2012-2015), diante dos membros da atual Comissão Mista do Orçamento do Congresso, Leão declarou que o PAC foi fruto do Projeto Piloto de Investimento (PPI), de sua autoria.
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