A Polícia Federal está tentando ampliar seu acesso às informações armazenadas em telefones celulares grampeados com autorização judicial, instalando nos aparelhos das pessoas investigadas um aplicativo especial que permita copiar todos os dados sem que elas percebam. As informações que as operadoras de telefonia compartilham com as autoridades hoje em dia se restringem a mensagens SMS e ligações de voz que passam por suas redes, segundo divulga nesta segunda-feir (27) o jornal Folha de S. Paulo, em matéria de Julia Borba e Natuza Nery.
As empresas argumentam que não têm acesso a mensagens e dados transmitidos por aplicativos que usam a internet, como o Whatsapp. No caso dos smartphones, há vários outros tipos de informação que não são obtidas hoje. Além de coletar dados básicos, como listas de contatos da agenda, ligações feitas e recebidas e mensagens de texto, os programas que a PF quer usar são capazes de interceptar tudo que o usuário digitar no aparelho ''hospedeiro'', até mesmo senhas.
Produzidos por empresas israelenses, americanas e indianas, esses sistemas ainda capturam as mensagens enviadas pelo WhatsApp, todos os e-mails arquivados, lidos e enviados, comentários publicados nas redes sociais, ligações feitas por Skype ou Viber, vídeos e fotografias. Os programas espiões são instalados sem que o dono do aparelho perceba, frequentemente aproveitando-se do acesso dado a um aplicativo ou arquivo bem-vindo. Por isso, são apelidados de ''cavalo de Tróia'' para celulares.
No início da Operação Lava Jato, a PF só conseguiu devassar as mensagens do doleiro Alberto Youssef com outros suspeitos do esquema de corrupção na Petrobras porque convenceu a Blackberry a franquear acesso às conversas feitas por meio do BBM, serviço de mensagens instantâneas dos aparelhos da marca. Com os novos programas de espionagem que a PF quer usar, o celular grampeado poderia até mesmo fotografar o usuário, com a câmera interna frontal do aparelho, sem disparar nenhum som, e enviar a imagem às autoridades. (Julia Borba e Natuza Nery/Folha de São Paulo)
As empresas argumentam que não têm acesso a mensagens e dados transmitidos por aplicativos que usam a internet, como o Whatsapp. No caso dos smartphones, há vários outros tipos de informação que não são obtidas hoje. Além de coletar dados básicos, como listas de contatos da agenda, ligações feitas e recebidas e mensagens de texto, os programas que a PF quer usar são capazes de interceptar tudo que o usuário digitar no aparelho ''hospedeiro'', até mesmo senhas.
Produzidos por empresas israelenses, americanas e indianas, esses sistemas ainda capturam as mensagens enviadas pelo WhatsApp, todos os e-mails arquivados, lidos e enviados, comentários publicados nas redes sociais, ligações feitas por Skype ou Viber, vídeos e fotografias. Os programas espiões são instalados sem que o dono do aparelho perceba, frequentemente aproveitando-se do acesso dado a um aplicativo ou arquivo bem-vindo. Por isso, são apelidados de ''cavalo de Tróia'' para celulares.
No início da Operação Lava Jato, a PF só conseguiu devassar as mensagens do doleiro Alberto Youssef com outros suspeitos do esquema de corrupção na Petrobras porque convenceu a Blackberry a franquear acesso às conversas feitas por meio do BBM, serviço de mensagens instantâneas dos aparelhos da marca. Com os novos programas de espionagem que a PF quer usar, o celular grampeado poderia até mesmo fotografar o usuário, com a câmera interna frontal do aparelho, sem disparar nenhum som, e enviar a imagem às autoridades. (Julia Borba e Natuza Nery/Folha de São Paulo)
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