Almir Gabriel, que governou o Pará entre 1995 e 2002, morreu aos 80 anos na manhã desta terça-feira (19), em Belém.
A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, após um quadro de enfisema pulmonar e insuficiência cardíaca, de acordo com o governo do Estado. Ele já estava com a saúde fragilizada nos últimos anos, em decorrência do tabagismo.
O governo de Gabriel ficou marcado por um dos principais conflitos agrários do Brasil: o massacre de Eldorado do Carajás, em abril de 1996, quando policiais militares mataram 19 sem-terra que obstruíam uma rodovia no sudeste do Pará.
Apesar de nunca ter sido responsabilizado formalmente, Gabriel era apontado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) como o mandante: teria saído dele a ordem ao secretário de Segurança Pública para desobstruir à força a rodovia. Ele sempre negou sua participação no caso.
Gabriel foi um dos fundadores do PSDB no Pará e, antes disso, era filiado ao PMDB. Entre 1983 e 1986, foi prefeito de Belém. Gabriel foi ainda senador de 1987 a 1995. Nas eleições de 1989, foi candidato a vice-presidente na chapa derrotada do tucano Mário Covas.
Em 2006, concorreu novamente ao governo do Pará, sendo derrotado por Ana Júlia Carepa (PT). No ano passado, ele chegou a cogitar concorrer à Prefeitura de Belém pelo PTB, último partido ao qual se filiou, mas sua saúde foi uma das razões que o fizeram desistir.
Gabriel nasceu em Castanhal e se formou em medicina pela Universidade Federal do Pará. O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), lamentou a morte de Gabriel.
O velório acontece nesta terça-feira no Palácio Lauro Sodré, no bairro da Cidade Velha. O enterro será na quarta-feira (20), em Castanhal. (Informações da Folha de São Paulo).
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