A ex-secretária municipal de Ilhéus, cidade localizada no sul da Bahia, foi condenada por improbidade administrativa pela Justiça baiana. Ela ainda pode recorrer da decisão. Segundo o Ministério Público da Bahia a mulher usou a quantia de R$ 46, referente a uma verba de adiantamento de consumo e administração, no valor de R$ 8 mil, para comprar uma camisola. As informações foram divulgadas pelo MP - BA nesta sexta-feira (23). A promotora de Justiça Karina Cherubini é a autora da ação civil pública contra a ex-secretária. De acordo com o MP-BA, a acusada vai ter que devolver aos cofres públicos R$ 460, além de ter os direitos políticos suspensos por dois anos. Para a promotora, a condenação é “exemplar”. “Mostra o cuidado que todo agente público deve ter com as verbas públicas, sejam elas de pequenas, como é o caso da compra do baby doll, ou mais vultuosas, como ocorrem em licitações”, afirmou.
Segundo Cherubini, a situação ocorreu em 2003, quando a acusada atuava como secretaria municipal. Ela teria solicitado ao então prefeito de Ilhéus, que era seu pai, a verba de adiantamento no valor de R$ 8 mil. O MP informou que a ex-secretária disse que a prestação de contas desse dinheiro era feita pelos servidores diretamente à Secretaria de Finanças. Ainda de acordo com a promotora de Justiça, outras compras consideradas “estranhas” foram feitas pela ex-secretária com a verba da prefeitura, como por exemplo, vaso de flores, porta-retrato, balões, refeições e buquê de flores. Além de compras sem discriminação. A promotora informou que o município de Ilhéus chegou a instaurar sindicância para apurar os fatos relacionados à compra das peças íntimas, e que foi recomendado à ex-secretária que ela restituísse os cofres públicos, o que foi feito.
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