Desde dezembro, situação de emergência já foi decretada duas vezes pela prefeita do município.
Criador tenta salvar uma vaca, que não consegue mais se levantar por falta de água e alimento
As estiagens no município de Lajedo do Tabocal, já chegam a mais de 200 dias conforme um relatório da CONDEC (Comissão de Defesa Cível de Lajedo do Tabocal), enviado à SINDEC (Sistema Nacional de Defesa Civil). A seca é tão agravante no município, que os grandes e pequenos fazendeiros tem sido os mais prejudicados, com a perca das plantações e mortes de animais, principalmente do gado que não tem mais o que comer e beber.
Genival Barbosa, dono de uma pequena propriedade por nome Fazenda Jatobá, Já perdeu onze cabeças de gado dentro de poucos dias, por falta de pastos, para matar a sede dos animais pagou uma retroescavadeira para fazer a limpeza de um poço, até o plantio de palmas que era usada para alimentar os animais acabou, preocupado já não sabe mais o que fazer.
O Sr. Vicente Tavares de Oliveira, que também tem propriedades naquela região disse ser vitima também da seca e que na semana passada perdeu uma vaca parida, por está fraca, e que as demais cabeças de gado estão correndo risco de morrer se à estiagem continuar. Desde ultimo dia 19 de dezembro de 2011, foi decretada situação de emergência no município pela prefeita Mariângela Borges, em 16 de março de 2012, um novo decreto foi feito.
Prefeita Mariângela decretou situação de emergência no município, duas vezes em 4 meses
As áreas atingidas são; Rancador, São Roque, Julião, Figueiredo, Patos, Santo Antônio, Fazenda Nova, São Pedro, Lagoa dos Cavalos, Morro das Rosas, Angico, Jatobá, Pé do Morro, Umburanas, Alto do São Pedro, Sede Nova, Povoado do Calembe e Rua da Esperança. Pra quem pegou empréstimos nos bancos do Nordeste e do Brasil, através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para compra de gado, devida a mortandade agora estão sem saber o que fazer para pagar suas dividas.
A prefeita Mariângela Borges se reuniu com o governador Jaques Wagner, no último dia 20, em Salvador na UPB, buscando soluções para os problemas causados pela seca. Em muitas casas da zona rural a água tem chegado através de carros pipas pagos pela prefeitura. A água que estava sendo fornecida pelo Exercito, está suspenso já há vários dias nos municípios baianos. A situação só não está pior porque a retroescavadeira do município está realizando trabalhos de limpezas de aguadas em parceria com as associações.
São quase 276 municípios baianos, atingidos pela seca um total de 47% da população vive nas áreas mais atingidas pela seca. “O governo federal já anunciou a liberação de R$ 10 milhões em recursos. Só que este valor é para contemplar apenas os 75 municípios que tinham decretado estado de emergência até a semana passada. Só que este número aumenta a cada dia. “É preciso buscarmos mais recursos e a celeridade na liberação dos mesmos”, afirmou Luiz Caetano presidente da UPB”.
Produtor rural escavou lama no fundo de açude seco, afim de extrair água para dar ao gado
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