Os policiais que foram presos após o fim da greve da polícia militar em março de 2012, no final da tarde de ontem, terça-feira (27), foram liberados. Entre eles os sargentos do 14º Batalhão da Polícia Militar em Santo Antônio de Jesus Marcos Vinícius e José Carlos Ataíde.
O Sargento Ataíde afirmou que mesmo estando preso há 34 dias sentia que no momento certo uma resposta seria dada, até por que tinha plena consciência do que fez, “em momento algum eu e Vinícius praticamos qualquer tipo de situação a qual estávamos sendo acusados”, disse. Completou: “Fui acusado de tocar fogo num ônibus na rota do CIA como se fosse possível levar 15 minutos de Santo Antônio de Jesus a Salvador, sempre chega o momento que a verdade virá à tona”. O praça explicou que há 18 anos na corporação esteve no excepcional comportamento, sem ter sequer nenhuma repreensão verbal em sua ficha, sendo bastante desagradável e doloroso passar por essa situação.
Após questionado se em algum momento se arrependeu do movimento grevista, Ataíde respondeu que em momento algum foi contra a suas convicções, a questão era apenas a reivindicação do cumprimento de uma lei, “todo cidadão tem direito aquilo que a lei exige e não há motivos para se arrepender”, acrescentou. Com sinceridade, o sargento garantiu também não ter represálias, e estar convicto de sua situação, assegurou ainda que se manterá na mesma postura dentro da instituição tentando demonstrar seu serviço. O sargento informou que a situação mais delicada foi do sargento Vinícius que passou todo tempo a base de tranquilizantes, "um colega da região precisou ser tirado da cela por estar tentando suicídio". Os sargentos se apresentaram hoje no 14º Batalhão da PM.
(Sargentos e suas mães na caminhada)
Familiares e amigos dos sargentos Ataíde e Vinícius, juntamente com eles, na tarde desta quarta-feira (28) realizaram uma carreata em comemoração a libertação dos praças, que abraçaram a todos os amigos PMs em frente ao Fórum de Santo Antônio de Jesus.
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