O PSDB publicou nesta sexta-feira (19) o que chamou de “análise” da atuação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, que afirmou nesta quinta (18), durante discurso na cerimônia de diplomação da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice Michel Temer (PMDB) que "não haverá terceiro turno" nas eleições de 2014.
O PSDB pediu nesta quinta ao TSE a cassação do registro de candidatura de Dilma e Temer. Os tucanos, que alegaram que a campanha petista fez uso da máquina administrativa e praticou abuso do poder econômico durante a campanha, solicitaram que a Corte diplomasse Aécio Neves e Aloysio Nunes para os cargos de presidente e vice-presidente da República, respectivamente.
“Com tantas suspeitas ainda pairando sobre a campanha que a levou à vitória em outubro, é no mínimo temerário que o TSE tenha lhe garantido o certificado. Talvez fosse diferente se um ex-advogado do PT não comandasse a Justiça Eleitoral brasileira”, acusou.
Para o principal partido de oposição ao governo do PT, Toffoli teria abandonado a postura que se espera de um magistrado “para envergar a toga de um militante político”. “A cerimônia ontem era de Dilma, mas quem ocupou a ribalta foi José Antonio Dias Toffoli”, criticou.
Os peessedebistas ainda condenou o presidente do TSE por ter decretado que a eleição presidencial é “página virada” ao afirmar que “não há espaço para terceiro turno que possa vir a cassar o voto destes 54.501.118 eleitores”.
“O mais engajado militante talvez não conseguisse produzir melhor peça de campanha. A experiência pregressa de Toffoli como causídico talvez o tenha ajudado nesta hora: inclui serviços prestados ao PT e à CUT durante nove anos, um cargo na Casa Civil à época em que Dirceu a comandava e a chefia da Advocacia-Geral da União durante o tempo em que o governo Lula esteve sob o fogo cruzado das investigações do mensalão”, escreveu e questionou: “É por isso que as forças de oposição têm recorrido, e continuarão recorrendo, à Justiça para que prevaleçam os preceitos legais, para que as instituições sejam respeitadas, para que a lisura das disputas eleitorais assegure que a vontade do eleitor seja sempre soberana. O ex-advogado do PT pode até querer defender os 54.501.118 de cidadãos que optaram por Dilma Rousseff, mas não pode pretender calar os 51.041.155 de brasileiros que preferiram Aécio Neves”, disse.
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