Na sua edição deste domingo (21), a coluna Satélite, do Correio da Bahia, trás informações de que o DEM, sigla comandada no estado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, e o PDT, comandado nacionalmente pelo ex-ministro Carlos Lupi, estudam a formação de um bloco parlamentar no Congresso. Nas eleições deste ano o DEM elegeu 22 deputados federais e o PDT 19 parlamentares.
Na Bahia, o PDT, dirigido pelo presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Alexandre Brust, remanejou a secretária estadual de Ciências e Tecnologia, a ex-vereadora Andréa Mendonça, para a recém-criada Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Emprego de Salvador (Sedes) – ainda será anunciada. A ex-vereadora é irmã do deputado federal Félix Mendonça Jr. (PDT), que conseguiu substituí-la por sua prima, a médica veterinária Fernanda Mendonça, que vai comandar a Secretaria de Agricultura do Estado no governo Rui Costa (PT). Além da CBPM e da Seagri, o partido comanda a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), sob o comando de Nestor Duarte. O PDT, que ainda comanda o Poder Legislativo da Bahia, através da figura eternizada do presidente Marcelo Nilo (2007-2016 e/ou 2018).
A estratégia de fertilizar dois terrenos no estado tem criado, aparentemente, um desequilíbrio interno entre as duas principais forças do partido na Bahia. De um lado Félix Jr. e do outro Marcelo Nilo. Os dois caciques protagonizaram uma troca de farpas esta semana e Félix Jr. chegou a afirmar, em declaração ao Bocão News, que “a substância do poder” estava “cegando” o chefe do parlamento baiano, que anunciou interesse em também presidir o partido. Nilo é aliado dos petistas há oito anos, após 16 anos de ferrenha oposição ao ex-senador ACM, como mesmo gaba-se em diversos discursos na Alba. Entretanto, em martelo batido no gabinete do prefeito ACM Neto, o pedetista garantiu o apoio da bancada de Oposição na Casa para garantir a conquista do quinto mandato ininterrupto à frente da Assembleia Legislativa. Desta vez, Nilo sofre resistência do PT, que tem o líder do partido na Alba, Rosemberg Pinto, como candidato a tomar a cadeira do presidente, e ainda o governador Jaques Wagner que declarou ser contra a reeleição de Nilo, o que configurou um apoio do líder baiano à candidatura de Pinto.
Com um pé no governo petista e outro na administração demista da capital, o PDT tem mostrado que na política só avança quem desenvolve expertise.
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