Foto: Carolina Barreto/ Tudo FM
A paralisação de parte da Polícia Militar (PM) no estado da Bahia, deflagrada nesta terça-feira (31) pela Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra), pode esconder motivações políticas em ano de campanha eleitoral. A hipótese foi cogitada pelo coronel Carlos Eleutério, subcomandante da PM baiana, em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, nesta quarta (1º). O presidente da Aspra, Marcos Prisco, que também é vice-presidente da Associação Nacional dos Policiais, já foi candidato a deputado estadual e é cotado como pré-candidato do PTC a vereador na capital baiana. “Um ato dessa natureza por si só já é político. Essa visibilidade é muito oportuna no caso de uma pessoa que passou por uma série de circunstâncias e quer voltar a ser policial militar”, afirmou. O subcomandante voltou a tranquilizar a população quanto à presença de policiamento nas ruas e classificou o anúncio da greve pela Aspra como “uma atitude muito irresponsável”, que não “encontra consonância com outras entidades verdadeiramente representativas da categoria”. “A PM tem representantes, escolhidos pelos votos dos policiais. Uma associação que não percorreu esse caminho e tem um presidente que não é policial não pode ter credibilidade e nem ser representativa”, criticou. O coronel Eleutério declarou ainda que o comando da PM encontra-se em processo de conversação com a Justiça Militar para que medidas cabíveis sejam tomadas contra os policiais que aderiram à paralisação. “Vamos por dois caminhos – o da negociação e o da disciplina – para dar um encaminhamento contra aqueles que querem badernar”, afirmou.
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