O fim do horário de verão interfere diretamente no sono, o que pode desequilibrar a produção de hormônios no corpo. Neste sábado, 25, à meia-noite, 11 Estados (São Paulo, Rio, Minas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia), além do Distrito Federal vão precisar atrasar em uma hora os ponteiros do relógio. Segundo explica o neurologista da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Ronaldo Guimarães Fonseca, os 60 minutos de diferença na rotina configuram uma variação na quantidade de tempo de exposição à luz solar. “Quando o homem interfere nisso, acaba influenciando na qualidade e na arquitetura do sono”, afirma.
Este processo, complementa Fonseca, provoca mudanças hormonais e metabólicas e os principais sintomas são diminuição da performance e sonolência diurna, o que pode favorecer acidentes. Alguns grupos da população acabam mais desfavorecidos com a volta daquelahorinha a mais, diz o médico. Os diabéticos, por exemplo, podem ter mais dificuldade para controlar a glicemia, intimamente ligada à produção hormonal. As pessoas que estão de dieta também precisam ficar atentas. Isso porque o sono de qualidade, já evidenciaram as pesquisas, é um dos principais aliados para o controle alimentar e a eliminação dos quilos extras. Neste contexto, o estresse também podem entrar em descompasso, aguçando a irritabilidade e a ansiedade.
Os especialistas orientam que a melhor forma de driblar estas alterações é recorrer a uma alimentação balanceada e leve, rica em frutas e cereais, sem negligenciar as horas de descanso. Evitar compromissos noturnos, que se estendem pela madrugada, bebidas alcoólicas ou estimulantes (como café) também estão entre as principais dicas preventivas. Ficar atento ao ar condicionado também ajuda, já que as baixas temperaturas aumentam a sonolência.
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