O núcleo agrário da bancada do PT no Congresso Nacional e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) estão "na bronca" com a presidente Dilma Rousseff (PT). Isso porque a proposta orçamentária para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em 2012, segundo análise técnica do colegiado, ignora os avanços ocorridos nos mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e retorna ao patamar de 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Os 24 deputados que integram o grupo manifestaram descontentamento durante encontros em Brasília, no mês passado. Um nota, na linha do fogo amigo, foi distribuída e logo apropriada e divulgada pelo MST, que acusa a petista de não dar atenção adequada à reforma agrária. De acordo com o comunicado da assessoria do partido, os recursos para a pasta em 2012 apresentam redução de 6,8% em relação ao que foi autorizado em 2010 e de 1,7% na comparação com 2011. No caso específico do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), verificou-se incremento de 5% em relação a 2011. Se a comparação for feita com os valores de 2010, a redução é de 11%. O MDA é comandado pelo ministro baiano Afonso Florence, que até o momento não se pronunciou sobre o assunto.
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