No período das festas de fim de ano, vale aproveitar o clima para aumentar as vendas. Mas isso não se resume às lojas de shoppings nas capitais brasileiras. Em Salvador, os vendedores ambulantes enchem os pontos de ônibus e estações de transbordo, dando um show de criatividade para vender seus produtos.
Com bom humor e disposição, os ambulantes ganham a vida nos mais de três mil ônibus da capital baiana. Para conquistar a clientela, vale abusar do “jeitinho baiano”: “Quem tem dinheiro compra, quem não tem espia. Para olhar não paga nada, chegou a freguesia...”, diz o vendedor Gildásio de Carvalho.
Em Salvador, há cerca de 1.200 ambulantes - sem contar autônomos que trabalham sem registro. E, numa atividade em que há tanta competição, uma regra é básica: quanto mais criativo é o vendedor, maior é o faturamento.
Gilson Rodrigues, presidente da Associação dos Baleiros de Salvador, ensina aos colegas de trabalho que o segredo do sucesso é ter simpatia e profissionalismo: “’E aí meu rei, e aí minha tia, meu tio... Beleza? Tudo bem?’ É desse jeito que a gente vai levando o nosso dia-a-dia, vendendo os nossos produtos dentro dos ônibus”, conta.
Já Danielson de Jesus aposta na elegância para aumentar as vendas. De roupa social e gravata, o ambulante, que é conhecido como ‘Gogó de Ouro’, fatura R$ 400 por semana vendendo um extrator de suco nos ônibus de Salvador: “É o suco mais rápido do Brasil. Pressiona e gira. Ele fura, vai rosqueando, o suco vai saindo e no final fico só a casca e o bagaço para jogar fora”, diz o ambulante ao entrar no transporte coletivo. Segundo ele, o segredo é divulgar o produto com descontração e tirar proveito da aparência do que está vendendo: “A mercadoria é chique, eu tenho que vir chique”, revela Danielson.
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