A família do menino Albert está comemorando a possibilidade de passar o Natal com a criança em casa. Ele recebeu alta médica depois de quatro anos, a idade que tem, internado na UTI do Hospital do Oeste, em Barreiras, no interior da Bahia.
O garoto foi internado aos oito meses de vida, após ser diagnosticado com atrofia muscular espinhal, uma doença rara que compromete os movimentos do corpo. A mãe do garoto, Idália Pereira Lisboa, explicou que a criança nasceu com características consideradas normais. "Aos poucos ele diminuiu os movimentos das pernas e começou a sentir cansaço. Foi quando comecei toda a luta atrás de médicos”, conta.
O garoto teve alta médica depois de conseguir apoio da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e de empresários da região, que financiaram a estrutura necessária para o internamento domiciliar. Hoje o menino sobrevive com ajuda de aparelhos e se expressa com limitações. Segundo os familiares, ele gosta de se divertir assistindo televisão.
Lin Chun Hsin, pediatra de Albert, explica que para manter a criança em internamento domiciliar os pais receberam treinamento especializado dos funcionários do hospital. "Os pais já estão treinados para fazer esses cuidados em casa. Tem que ter dedicação exclusiva porque ele não tem movimento, não pode se cuidar", diz o pediatra. Os profissionais que cuidaram da criança todos esses anos confessam que vão sentir saudades, mas relatam felicidades com a vitória. "É uma etapa que a gente lutou muito, a mãe lotou bastante, por isso a gente também está bastante feliz", comenta Gisela Rodrigues, coordenadora de enfermagem.
A mãe de Albert expressa a alegria de ter o filho em casa para a celebração. “É como se ele estivesse nascendo de novo. Depois de tudo que eu o vi sofer, levar ele para casa está sendo a maior felicidade, o maior presente de Natal, maior presente que Deus já me deu”, declara Idália.
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