Unidades hospitalares das Obras Sociais Irmã Dulce fecharão as portas

As Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid) não têm mais condições de sustentar os postos de saúde e os hospitais filantrópicos que administram. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (19) pela gestora de Saúde do Hospital Santo Antônio, Lucrécia Saverini, em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5. “A situação é muito delicada e financeiramente insustentável. São 20 milhões de dívida, o que inviabiliza a continuidade do atendimento. Não existem mais recursos para compra de medicamento, material hospitalar, pagamento de fornecedores e salários dos funcionários. Com 170 mil atendimento ao mês, mais de 800 cirurgias e 1,4 mil internações, o que é que essa população irá fazer quando Irmã Dulce fechar?”, lamentou. A administradora também fez um apelo aos baianos: “Irmã Dulce já doou tanto para a população da Bahia, então ela está pedindo agora apoio do povo para que a prefeitura pague a dívida para que ela continue de portas abertas”, conclamou. Ainda segundo Lucrécia, desde agosto deste ano, o Hospital Santo Antônio não recebe um centavo da administração soteropolitana. “E o que dizer à população? Que não vai atender por que não tem medicamento? Porque não pagou a conta de água ou que não terá luz na enfermaria? Vamos dizer o quê?”, questionou.