sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O PROGRESSO CONTRA O IMOBILISMO INÚTIL




Só falta defenderem a construção do porto em Itabuna, sem atentar para o fato de que esta cidade não tem mar. Duvidem não!

Uma jovem, pouco tempo de casada, encontrou no centro histórico de Ilhéus um desses ambientalistas de beira de esquina, de quem era amiga. Falou sobre seu casamento e os planos de ter um filho, enquanto o auto-intitulado “verde” só tinha um assunto: o Porto Sul e os impactos ambientais que ele causará em Ilhéus. A moça ouvia com curiosidade, até que fez a seguinte observação: “se tivéssemos que evitar todos os impactos ambientais, o melhor seria nem ter filhos, porque toda pessoa produz impactos positivos e negativos na natureza – algumas mais positivos, outras mais negativos. Para mim, esse é um discurso pessimista e que não leva a nada”. O tal ambientalista perdeu o prumo.
Tem ambientalista em Ilhéus que não evoluiu, mas nem todos são tacanhos e atrasados. Alguns pensam e entendem que o caminho não é ser contra o porto, mas participar do processo e garantir que ele beneficie verdadeiramente a sociedade regional.
O discurso retrógrado parte de quem nunca apontou um caminho real. Tem “ambientalista” que veio de fora e está em Ilhéus há 15 anos, vivendo de blá-blá-blá, vendendo a ideia de que defende espécies em extinção, mas sem dar a mínima para a espécie humana. Enquanto isso, os potenciais de nossa região, na visão dessa gente, devem ficar na latência, como fetos que permanecem no útero eternamente.
Algumas vocações são apontadas para as cidades litorâneas e uma delas é a de construir portos. Se Ilhéus ficasse na Bolívia, não correria esse “risco”, ou, melhor dizendo, não teria essa vantagem; mas o município está na Bahia, o Estado com a maior faixa banhada pelo Atlântico em todo o País. Somente a terra da Gabriela tem uma extensão de 80 quilômetros de praias e ainda assim há quem lute contra o Porto Sul, há quem brigue para que se utilize o Porto de Aratu, Salvador, Suape, desde que nada aconteça em Ilhéus. Só falta defenderem a construção do porto em Itabuna, sem atentar para o fato de que esta cidade não tem mar. Duvidem não!
O quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais, enriqueceu a partir da exploração de suas jazidas, como ocorrerá na região de Caetité dentro em breve. Será que essa riqueza deveria ficar “no útero” da terra devido aos impactos, sendo que já existe tecnologia adequada para reduzi-los, sem falar nas compensações e condicionantes determinadas pelo Ibama e que beneficiam as comunidades? Os desafios não devem nos paralisar, mas sim motivar nossa criatividade e capacidade de adaptação, como tem sido desde a pré-história (e algumas mentes parecem continuar naqueles tempos).
A jovem senhora citada no início desse texto saiu um tanto cismada do encontro com o ambientalista, mas não desistiu da ideia de ter seu filho. No íntimo, ela refletia que todo ser humano causa impactos no planeta, mas nem por isso a espécie deve ser exterminada. Pelo contrário, o melhor caminho é aprender a conviver de modo a ter uma relação harmoniosa com o meio ambiente, do qual o homem e a mulher fazem parte. É assim que aquela futura mãe educará seu filho, para que ele cresça como um cidadão consciente de seus direitos e deveres, respeitando os demais e consumindo de maneira responsável.
Fazendo uma analogia, o porto deve ser construído com preocupações semelhantes. Os empreendedores (governo e Bamin) têm demonstrado de maneira transparente que o projeto tem impactos positivos e negativos, mas que para quase todos estes há programas capazes de mitigar. Numa demonstração de respeito, todas as comunidades interessadas foram democraticamente ouvidas, o que não ocorria nos empreendimentos do passado.
O Porto do Malhado foi construído na década de 70, sem as mesmas preocupações com os impactos ambientais e sociais. O Porto Sul surge pelas mãos de um governo popular, democrático, aberto à ampla participação da sociedade em todas as decisões e preocupado em fazer com que o projeto traga benefícios amplos para a região. Não é à toa que mais de 80% dos ilheenses apóiam o Porto Sul, pois se cansaram de 30 anos de estagnação econômica e querem o progresso dessa terra.

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