PM baiana volta a agredir jornalista e sindicato pede encontro com governo

Pela segunda vez, em uma semana, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) vem a público denunciar agressão praticada por um policial militar contra integrante da imprensa. A repórter do jornal MASSA! Euzeni Daltro foi agredida verbalmente por um policial da 47ª CIPM, ainda não identificado, com palavras de baixo calão, palavrões e ameaça de agressão física. A profissional buscava informações sobre a morte do soldado Robério das Virgens, quando foi abordada pelo PM, que estava sem farda, e a acusou de estar rindo e de "não respeitar a morte do colega".A repórter prestou queixa na Corregedoria da PM e foi informada que será aberta sindicância para identificar o PM num prazo de 15 dias. O coronel Gilson Santiago, diretor de Comunicação Social e chefe de gabinete do comando geral da Polícia Militar, entrou em contato com a jornalista e pediu desculpas, informando que "essa não é a orientação da PM, que prega pelo respeito e integridade das pessoas".Apesar da iniciativa do coronel, as agressões praticadas por policiais militares contra profissionais da impresa estão se avolumando e se tornando uma rotina que deve ser combatida. O Sinjorba está reunindo um dossiê com denúncias feitas pelos colegas e vai solicitar reunião com o secretário de Segurança Pública na busca de providências e soluções para que estes fatos deixem de acontecer.A primeira agressão a um profissional de imprensa aconteceu em Itabuna. O jornalista Ederivaldo Benedito, também filiado ao Sinjorba, chegou a ser algemado e levado à delegacia para prestar depoimento, após ter se negado a deletar uma foto feita durante uma ação policial contra jovens da cidade.