domingo, 29 de abril de 2012

Polícia Técnica de Teixeira de Freitas conclui laudo do acidente que vitimou os cinco universitários capixabas em Mucuri


Os peritos criminais Manoel Garrido e Bruno Mello, os peritos médicos legais Welson Nascimento e Márcia Cunha, com os peritos técnicos Alexson Magalhães e Pablo Bonjardim, concluíram no final da tarde desta sexta-feira (27/04), o laudo oficial sobre as causas do acidente e morte dos cinco jovens capixabas que se acidentaram na noite de sexta-feira do último dia 20 de abril, na altura do Km 947 da rodovia BR-101, no município de Mucuri. Mas o laudo concludente recebido pelo delegado coordenador Marcus Vinicius só deverá ser entregue na próxima quarta-feira (02/04), ao delegado de Mucuri, Sanney Simões para que ele esclareça o caso à justiça por meio de inquérito policial.
Morreram neste trágico acidente o motorista André Malva Galão, 29 anos, um renomado estilista capixaba e natural de Colatina, que morava na Avenida Brasil nº 534, bairro Maria das Graças, em Colatina/ES., Marllon Vieira do Amaral, 21 anos, natural de Nova Venécia e residia no Km 01 da Rodovia Alberto Silva no bairro São Cristovão em Nova Venécia/ES., Rosaflor Oliveira Chacon Pinto, 24 anos, natural de Belém do Pará e morava na Rua Maria Lionora Pereira nº 721, 3º Andar, Aptº 301, Jardim da Penha em Vitória/ES., Isadora Ribeiro de Oliveira, 20 anos, natural de Vitória e residia na Avenida Amazonas nº 35, bairro São Braz na cidade de Prado/BA., e Amanda de Paula Oliveira, 21 anos, natural de Manhuaçu e residia na Rua Faustino Amanso nº 11, 2º Andar, Aptº 202, bairro Santo Antônio, em Manhuaçu/MG.
Os cincos jovens universitários, sendo quatro do campus de São Mateus da UFES - Universidade Federal do Espírito Santo, estavam vindo justamente da cidade de São Mateus, no norte capixaba, a bordo de um veículo Fiat/Punto, cor bege, placa ODC-6985, com destino à cidade litorânea de Prado, na região extremo sul da Bahia, onde participariam do aniversário da mãe de Isadora Ribeiro de Oliveira, também a bordo do veículo, quando se acidentaram e foram cobertos pela vegetação do local, tendo seus corpos achados somente quatro dias após, na noite de terça-feira do último dia 24 de abril, após intensas buscas na região, realizadas pelas polícias baiana e capixaba.
Segundo o perito criminal Manoel Gomez Garrido, presidente dos trabalhos periciais, o motorista André Malva Galão, 29 anos, perdeu o controle da direção do Fiat/Punto, numa curva que antecede à ponte sobre o Rio Mucuri. E ao perder o controle da direção, o veículo desceu uma ribanceira, onde foi aberta uma clareira, chocou-se numa árvore logo adiante e tombou já nas margens de um córrego que é afluente do Rio Mucuri, há 43 metros da pista. O Fiat/Punto ficou parcialmente submerso e com os pneus para cima. A saída de pista com a derrapagem e os baques sofridos foram tão fortes que o motor do carro se soltou ao lado da nascente.
Descreve ainda o perito criminal Manoel Garrido na conformidade da conclusão dos laudos de criminalística legal e de medicina legal, que o cinto de segurança do banco do carona em que viajava Marllon Vieira de Amaral, 21 anos, se partiu e facilitou que a violência do acidente perfurasse o corpo e causasse fraturas expostas no rapaz, que mesmo gravemente ferido conseguiu sair do carro ou foi atirado para fora do veículo, tanto que acabou sendo encontrado morto nas proximidades do veículo e sua causa morte foi anemia aguda motivada pela hemorragia interna, ou seja, ele deve ter agonizado por algumas horas no local até seu óbito.
Lembra ainda o perito criminal Manoel Garrido, que já o motorista André Malva Galão, 29 anos, e as colegas Rosaflor Oliveira Chacon Pinto, 24 anos, Isadora Ribeiro de Oliveira, 20 anos, e Amanda de Paula Oliveira, 21 anos, não morreriam pelas lesões sofridas no acidente, porque não adquiriram fraturas capazes de provocar o efeito morte, sendo que somente Isadora quebrou o tornozelo esquerdo, mas também não seria lesão suficiente para ceifar-lhe a vida.
Concluindo que a causa morte dos quatro jovens, fora asfixia por afogamento, tendo em vista que eles ficaram presos pelos cintos de segurança e dentro do Fiat/Punto que estava de rodas para cima e submerso na água. “Conseguir abrir a porta de um carro mutilado, na escuridão e dentro d’água em momento de desespero foi tudo mais difícil, tanto que acabaram mortos por afogamento”, frisa o perito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário