sábado, 23 de maio de 2015

Renan ataca Dilma e diz Renan que Brasil prometido em 2014 era só para campanha eleitoral

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante encontro com governadores para debater ajuste fiscal e o pacto federativo  (Foto: Pedro França/Agência Senado)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante encontro com governadores para debater ajuste fiscal e o pacto federativo (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Ao encerrar o encontro com governadores para debater o Pacto Federativo e o ajuste fiscal nesta quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a fazer críticas ao governo e à presidente Dilma Rousseff. Renan afirmou que o Brasil de 2014 "era apenas para a campanha eleitoral". Dilma foi candidata à reeleição e venceu pleito. Para Renan, o Brasil vive hoje "uma dura realidade", bem diferente. Foi a segunda estocada no governo no dia de hoje.

— Vamos fazer tudo que garanta o equilíbrio fiscal. O que lamentamos, e lamentamos muito, é que aquele Brasil de 2014, que era projetado, anunciado, era apenas um Brasil para a campanha eleitoral. Estamos vivendo a dura realidade de ajustarmos o Pacto Federativo — disse Renan.

Perguntado se havia arrependimentos ao apoio dado à presidente Dilma na campanha, Renan respondeu:

— O que estou dizendo é somente o seguinte: que aquele Brasil projetado em 2014, aquele não é o Brasil que estamos vivendo hoje. E hoje ele precisa, entre outras coisas, garantir o Pacto Federativo. Aquele Brasil era para a campanha eleitoral.

Depois da reunião, Renan disse que se encontrará com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta quinta-feira para discutir como agilizar votações que interessam aos governadores.

— É obrigação do Legislativo. É o nosso dever — disse Renan.

O presidente do Senado fez duras críticas ao governo desde o início do encontro. Ele cobrou diretamente da presidente Dilma a promessa de campanha sobre segurança pública. Durante a campanha eleitoral, Dilma prometeu mudar a Constituição para que a União possa também cuidar da segurança pública, hoje um atribuição dos estados. Na época, Dilma apresentou um verdadeiro pacote para o setor.

— Há necessidade de cobrarmos do governo o cumprimento das responsabilidades da União na segurança pública. Foi um compromisso de campanha, foi reafirmado na posse e essa é uma grande oportunidade de cobrar da presidente da República (o cumprimento da promessa) — disse Renan. (Cristiane Junglut/O Globo)

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