Joaquim entra na fila em Ilhéus.
O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Joaquim Bastos, acabou com o mistério. O professor revelou em primeira mão ao PIMENTA que será mesmo candidato a prefeito de Ilhéus. Joaquim filiou-se ao PDT e está animado com as perspectivas para 2012, embora a prefeitura da Terra da Gabriela viva uma situação financeira preocupante:
- Nos últimos dez anos, a cidade começou a caminhar para uma situação de insolvência administrativa – reconhece, numa estocada direta num dos seus possíveis oponentes em 2012, o ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP).
O reitor, no entanto, aposta em projetos estruturantes que estão sendo tocados pelos governos federal e estadual e iniciativa privada, em Ilhéus. “Vamos trabalhar dentro de um novo modelo econômico. Teremos o Intermodal (Complexo Porto Sul), a ZPE e todas as atividades que devem acontecer daqui para frente”, assinala.
Para ele, estes investimentos mudarão o perfil econômico de Ilhéus e importante será saber “como trabalhar para aproveitar estes benefícios em prol da cidade, principalmente das comunidades mais carentes”.
O reitor deixa o cargo na Uesc exatamente no dia de Iemanjá, 2 de fevereiro de 2012, e afirma ter se sentido à vontade agora para filiar-se a um partido. “Estou em processo de aposentadoria como professor e deixando a reitoria da Uesc”. Antes da candidatura a prefeito, ainda quer fazer da vice-reitora Adélia Pinheiro a sua sucessora na Uesc.
Joaquim Bastos revela-se empolgado com o que a cúpula do PDT definiu como itens necessários para a campanha em Ilhéus. “O PDT vai ter perfil bastante diferenciado da política tradicional. Não queremos troca de favores. Quem votar no nosso partido, nossos candidatos, será pela consciência”.
E o reitor prega novas ações. “Se depender de um voto e esse tiver de ser comprado, prefiro perder a eleição”, diz, numa referência ao que deva ser o modelo da legenda brizolista em 2012. “Pode não dar certo. Às vezes, a sociedade não entende. Mas precisamos ser diferentes do que está aí.
Ao PIMENTA, deixou claro que vai usar e abusar daquilo que considera seus feitos na Uesc. “Talvez o trabalho mais importante seja o social nesses oito anos de Uesc. Temos quase dois mil alunos recebendo bolsas e criamos as cotas não raciais, mas para alunos oriundos da escola pública, além de alunos nossos estudante em universidades da Europa (intercâmbio)”.
Segundo ele, o PDT ilheense está se estruturando e já possui 11 novos nomes que irão disputar vaga na Câmara. “Para checar a esses nomes, criamos dez itens obrigatórios”. Dentre eles, estão a avaliação meritória, honestidade, ética, caráter e… gostar de trabalhar. A lista será completada com outros nomes buscados em setores estratégicos, como indústria, comércio e serviços.