sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Barragem rompida afeta 70% da água em São José dos Campos

barragem | Resíduos de mineradora atingem o Rio Paraíba do Sul
O rompimento de uma barragem de resíduos da mineradora Rolando Comércio de Areia no Rio Paraíba do Sul, em Jacareí, anteontem, afetou aproximadamente 70% do abastecimento de água em São José dos Campos. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) acompanhava ontem o trabalho de recuperação na lagoa que se rompeu, lançando resíduos de mineração.
A Sabesp, responsável pelo tratamento de água em cidades do Vale do Paraíba, suspendeu o abastecimento em São José dos Campos ainda na noite de anteontem, atingindo 70% da população, cerca de 500 mil pessoas.
Anteontem à tarde, a empresa informou que já havia retomado o tratamento da água retirada do Paraíba do Sul. A previsão era de que o reabastecimento dos domicílios seria gradual e estaria normalizado até ontem.
Para as cidades de Taubaté, Pindamonhangaba e Tremembé, a empresa emitiu alerta, na tarde de anteontem, de que o abastecimento também poderia ser prejudicado.
Ibama e a Agência Nacional de Águas também devem acompanhar o caso.
Equipes da empresa continuavam trabalhando ontem na tentativa de recompor a barragem e impedir que os rejeitos continuassem a vazar.
Amostras de água foram enviadas a um laboratório de Taubaté para análise, mas ainda não há previsão para divulgação do resultado.
O lançamento de rejeitos ocorreu na manhã de anteontem, quando a mineradora fazia as atividades de extração em uma cava de areia próximo ao rio, em Jacareí. A empresa depositava, irregularmente, os rejeitos da extração na cava da Meia Lua 1 - uma outra mineradora, que está com as atividades paralisadas e em processo de renovação de licença.
O lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa, o que resultou no rompimento da estrutura, lançando os rejeitos no Paraíba. O manancial abastece cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Segundo a Cetesb, até ontem não foi possível estimar a quantidade de resíduo vazada. A mineradora foi multada em R$ 11.760. A penalização por despejar rejeitos na cava da mineradora paralisada deve ser fixada pela Cetesb na quarta-feira.
A reportagem procurou a empresa, mas as ligações não foram atendidas.

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