“Primeiro, a grande diferença é que a eleição estava morta. Os políticos estavam falando, mas o povo ainda não tinha ainda se incorporado nessa discussão. O choque com a morte de Eduardo voltou a atenção do Brasil inteiro para as eleições, e isso já é um novo cenário. E eu posso ser beneficiada porque o que estávamos vendo na Bahia era o fim da política. De um lado uma candidatura que não apresentava novidades, como a do DEM, e outra candidatura que estava tentando vencer pela arrogância, que era a do PT. A arrogância de dizer que vai ganhar no primeiro turno, estando em terceiro lugar, confiando na máquina, fazendo pesquisa colocando um candidato com três apoios e outro com um só, nada contra o instituto de Marcelo Nilo (Babesp), sei que é seríssimo, mas isso é uma tentativa de interferência na opinião do cidadão”, afirmou, após a missa campal realizada no Palácio Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, em Recife, local onde é realizado o velório de Eduardo campos, morto em um acidente aéreo na última quarta (17).
Lídice afirmou ainda que é a única candidata entre os três primeiros colocados que não está de “sapato alto”. “Os outros dois (Souto e Rui) estão, cada um do alto do seu saber. Um do alto da ideia que está na frente (das pesquisas), e outro com seus apoios e a máquina púbica estadual e, por isso, diz que vencerá no primeiro turno. Mas isso é uma coisa que não passa pela política. Passa pelo escolhido, não pelo povo”, criticou.
A senadora, que é vista como a terceira via no pleito baiano, diz que tem mais chances de disputar um segundo turno e reconhece que sem ela Paulo Souto, que encabeça a principal chapa oposicionista ao governo da Bahia, venceria as eleições já no primeiro turno. “Quem lembra o início da campanha na Bahia? Paulo Souto se apresentava com dois dígitos e o candidato do governo um dígito só. Se nesse tempo todo não tivesse mantendo um percentual de mais de 10%, para quem iriam esses votos? Há uma rejeição larga da população ao debate político. Eles dizem: ‘nós vamos ganhar, os eleitores veem por gravidade’. Mas isso é um discurso insuportável e as pessoas não aceitam mais isso”, defendeu.
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