Talvez pelo incômodo provocado pelas vaias vindas da classe média oprimida pela carga pesada, injusta, e brutal de impostos, Dilma Roussef fez um discurso voltado a agradar os ouvidos do miolo da sociedade que paga as contas do país.
A candidata concedeu uma entrevista ao Jornal Nacional, na Rede Globo, na noite desta segunda-feira (18), após este compromisso ser adiado por conta da morte do candidato Eduardo Campos, na semana passada.
A presidente se esquivou de questões polêmicas relacionadas à corrupção no seu governo, que ficou “manchado” pelos escândalos em diversos ministérios comandados por aliados e por duas CPIs relacionadas à administração da Petrobras.
Na hora de responder, sabão neles: “Não nos descuidamos da ética”, afirmou Dilma antes de indicar ações do seu governo de combate à corrupção, como a criação da Corregedoria Geral da União (CGU), além da da Lei de Acesso à Informação e do Portal da Transparência, e liberdade para ações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A candidata Dilma se recusou a responder ao questionamento feito pelos apresentadores do JN sobre a permissividade do PT em relação aos membros do partido condenados no julgamento do mensalão e chegou a ter um leve desentendimento com seus entrevistadores:
”Sou Presidente da República. Não julgo ações do Supremo, enquanto eu for presidente não externo opinião sobre isso. Não vou tomar posição que me coloque em conflito, isso não é uma questão subjetiva”, declarou.
Dilma também evitou polêmica ao falar sobre a troca de ministérios, citando o caso do baiano César Borges, que era ministro dos Transportes e hoje é o titular da Secretaria dos Portos: “Os partidos podem fazer exigências, mas só aceito quando considero que ambos os envolvidos são íntegros, competentes e tem tradição na área. Se troquei é porque confio neles”, pontuou.
A presidente admitiu que a saúde é deficitária no Brasil, mesmo depois de mais de uma década de governos contínuos do PT à frente do país: “O Brasil precisa de uma reforma federativa para dividir as responsabilidades federais, estaduais e municipais”.
Dilma finalizou a entrevista afirmando que foi eleita para dar continuidade aos avanços do governo Lula, e que “ao preparar o Brasil, criamos as condições para colocá-lo no centro de tudo”. “Queremos continuar a ser um país de classe média”.
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