domingo, 18 de maio de 2014

Em greve, agentes penitenciários denunciam superlotação em Teixeira de Freitas

Desde o dia 15 com as atividades paralisadas, os agentes penitenciários de Teixeira de Freitas denunciam superlotação no presídio da cidade localizada no Sul da Bahia. A paralisação por tempo indeterminado faz parte do movimento grevista da categoria que acontece em toda Bahia. 
 
O Sindicato dos Penitenciários da Bahia (Sinspeb) reivindica a realização de concursos públicos para agentes penitenciários, já que o número de empregados por preso está muito baixo atualmente. Além disto, a categoria reclama pela melhor estrutura dos presídios e alojamentos, aparelhamento das unidades para revista corporal, escala de plantão 24 por 96 horas, regulamentação do porte de arma funcional, pagamento de insalubridade e aposentadoria especial aos servidores.
 
 
Segundo o site Itamaraju Notícias, o diretor regional do Sinspeb, Baltazar Felipe informou que a greve mantém em atividade somente o efetivo de 30%, para atuar apenas no cumprimento de soltura por determinação judicial, fornecimento de alimentação e atendimento médico de emergência dos presos. As visitas também estão suspensas. Ainda segundo Baltazar a situação da população carcerária do presídio de Teixeira de Freitas é preocupante. A estrutura montada com capacidade para 318 presos comporta atualmente, 750 presidiários com média de oito agentes por plantão.
 
No início das atividades, assim que foi inaugurado, o presídio teixeirense comportava 268 presos com 36 agentes plantonistas, de lá pra cá o número de internos quase triplicou e a quantidade de agentes foi reduzida quase que totalmente. A situação não ocorre somente em Teixeira de Freitas. O coordenador estadual do Sinspeb, Wellington Vasconcelos, afirmaou ao Itamaraju Notícias que a Bahia possui atualmente um déficit de cerca de 4 mil agentes penitenciários. Contudo, o governo do Estado sinaliza com um concurso para somente 490 servidores. A greve deverá ser mantida até que o Estado regularize, minimamente, as condições de trabalho nas unidades prisionais, atendendo aos principais itens da pauta.

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