"Se não temos o registro legal, temos o registro moral", disse a ex-senadora Marina Silva ao final do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quinta-feira (3) que barrou a criação de seu partido a Rede Sustentabilidade. Marina não descartou concorrer ao Planalto em 2014, mas disse que só anunciará seu futuro político nessa sexta-feira (4).
Emocionada, Marina afirmou que vai reunir seus amigos mais íntimos para definir seu futuro políticos. Interlocutores afirmam que a tendência é que ela opte por ficar fora das eleições em 2014 já que não conseguiu oficializar a Rede. Nos últimos dias, ela recebeu convite de sete legendas. "Já somos partido político sim. Se agora não temos o registro legal, temos o registro moral perante a sociedade brasileira", afirmou. "Eu não discuti nada de planos outros com ninguém", completou.
Marina disse que não está "decepcionada" com o tribunal, mas fez duras críticas ao trabalho dos cartórios. "Eu não posso estar decepcionada se o que há de mais importante nós obtivemos nesta corte, a declaração de todos os ministros desse tribunal de que temos os requisitos mais importantes para sermos um partido político. Disseram que temos um programa, representação social e ética".
A ex-senadora, que conquistou quase 20 milhões de votos em 2010 na última disputa presidencial, disse que poderia ter apresentado mais de 200 assinaturas de apoiamento, que foram rejeitadas por uma triagem interna apenas para dar volume, mas preferiu seguir o caminho correto. Marina resaltou que a Rede é vitoriosa. "O Plano A é a rede sustentabilidade e ela continua como projeto político. O Plano A é vitorioso".
Ela afirmou ainda que o caso tem que servir de exemplo para o mundo jurídico do país. Por 6 votos a 1, os ministros do TSE negaram o pedido de registro porque a Rede não conseguiu apresentar as 492 mil assinaturas de apoiamento exigidas por lei --sendo que faltaram cerca de 50 mil. Os ministros não acolheram o pedido para validar 98 mil assinaturas que foram rejeitadas pelos cartórios eleitorais sem justificativas. A maioria dos ministros entendeu que não cabia reconhecer assinaturas por mera presunção. Marina acompanhou todo o julgamento e saiu bastante emocionada e tentando consolar seus correligionários.
Informações do site da Folha de São Paulo
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