terça-feira, 5 de março de 2013

Possível confissão de Bruno domina bastidores do julgamento


Goleiro Bruno chora com uma bíblia na mão (Foto: Reprodução)
Após mais de 5 horas de interrogatório da delegada Ana Maria Santos, primeira e única testemunha a ser ouvida neste primeiro dia de julgamento do goleiro Bruno, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues encerrou os trabalhos para retomá-los, com o depoimento de outras três testemunhas, na manhã desta terça-feira. Depois do término da sessão, em conversa com a imprensa, promotoria e defesa negaram a existência de um possível acordo para que o atleta confesse o crime e revele detalhes sobre a morte da modelo Eliza Samudio. No entanto, o assunto centralizou os debates nos bastidores.
Tiago Lenoir, defensor de Bruno, disse que não existe nenhum acordo. O outro advogado do goleiro, Lúcio Adolfo, confirmou a declaração do colega e reafirmou que nada foi combinado, porém, ele lembrou que “caso seja da vontade do atleta [a confissão], a defesa não terá como intervir”.
O promotor Henry Vasconcelos Castro reforçou a inexistência de um combinado e minimizou o impacto de uma confissão do acusado. “Eu estou trabalhando com a expectativa de que não haja confissão, assim como trabalhei com a expectativa de que não houvesse confissão por parte do Macarrão. E assim como a confissão do Macarrão não era importante, a do Bruno Fernandes não é importante para que a acusação prove ao júri a participação e a responsabilidade de todos os réus no cometimento dos crimes que os são atribuídos. Todas as provas são robustas, são densas e são respaldadas”, garantiu.
Possível benefício a Bruno - Ainda sobre a possibilidade de uma confissão, Castro voltou a lembrar que as provas são contundentes e destacou que Bruno só será beneficiado com redução da pena caso revele algum fato importante. Ele esclareceu que o benefício é uma garantia jurídica e não parte de um acordo entre acusação e defesa. Já a mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, disse que espera ouvir a verdade de Bruno, mas se manifestou contra um possível benefício para o goleiro pelo acordo. Ela fez questão de destacar que prefere continuar sem saber o que realmente aconteceu com a filha a ver Bruno ter a pena reduzida. “Eu quero que ele pegue a pena máxima”. (Portal Uai)

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