A Marinha e o Corpo de Bombeiros interromperam nesta quarta-feira (3) as buscas pelo bimotor que desapareceu ao decolar em Ilhéus, no sul da Bahia, com destino a Brasília. Duas pessoas encontradas mortas no litoral da região foram identificadas como o piloto Joás Cardoso Ribeiro e um dos tripulantes, o advogado José Nilton, de 58, que levava o corpo de sua esposa, de 61 anos, para o velório em Brasília. A mulher morreu afogada em uma praia em Porto Seguro no dia 22 de setembro. Moradores encontraram ainda os restos mortais de uma outra pessoa, que ainda não foi identificada.
A delegada Adriana Paternostro, que investiga o caso, disse que os restos mortais devem ser do corpo da esposa, mas que somente o resultado do exame de DNA que será feito em Salvador poderá confirmar a suspeita.
O Corpo de Bombeiros disse que as buscas foram suspensas porque as vítimas já foram achadas. A corporação acredita que a estrutura da aeronave esteja no fundo do mar. A Aeronáutica também participou dos primeiros dias das buscas, mas deixou a operação de resgate no dia 27 de setembro.
O corpo do advogado foi reconhecido pelos familiares nesta quarta-feira. O irmão dele, José Demilton, informou que parte da família acompanhou os exames e providencia a liberação do corpo para transporte para o Distrito Federal.
Oitivas
A delegada Adriana Paternostro disse que funcionários do aeroporto de Ilhéus, de onde partiu o bimotor, começaram a ser ouvidos esta semana. As oitivas foram suspensas nesta quarta-feira porque a delegada precisou se afastar das atividades por problemas de saúde. A previsão é de que novas testemunhas, além do dono do bimotor e familiares das vítimas, sejam ouvidas nas próximas semanas.
A delegada Adriana Paternostro disse que funcionários do aeroporto de Ilhéus, de onde partiu o bimotor, começaram a ser ouvidos esta semana. As oitivas foram suspensas nesta quarta-feira porque a delegada precisou se afastar das atividades por problemas de saúde. A previsão é de que novas testemunhas, além do dono do bimotor e familiares das vítimas, sejam ouvidas nas próximas semanas.
Segundo a Infraero, o piloto vestia uniforme e estava com a documentação quando foi achado, a 17 Km da praia, ao norte de Ilhéus, próximo ao condomínio Joia do Atlântico. Foram encontrados, ainda, destroços da aeronave, um pedaço da urna funerária em que era transportada o corpo da mulher, além de documentos de navegação do bimotor e uma bolsa.Acidente
O bimotor guiado por Joás desapareceu no dia 25 de setembro, após decolar do aeroporto de Ilhéus em direção ao Distrito Federal.
O bimotor guiado por Joás desapareceu no dia 25 de setembro, após decolar do aeroporto de Ilhéus em direção ao Distrito Federal.
Processo da Anac
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que abriu processo administrativocontra o proprietário e operador do avião bimotor. Há a suspeita de que o piloto que conduzia o avião não era o mesmo registrado no plano de voo autorizado pelo órgão.
Bruno de Sá Martins de Araújo, proprietário da aeronave, segundo a Anac, será alvo do processo junto com o piloto Amilcar de Carvalho Jacobina, que havia recebido autorização para o plano de voo. De acordo com a Anac, há uma divergência entre o piloto autorizado a voar e o que supostamente comandava o avião.
A Anac informou que Ribeiro tinha habilitação regular, mas incompatível com a aeronave usada – um bimotor Sêneca EMB-810 .
Se constatadas as irregularidades, a Anac poderá aplicar multa, suspensão ou cassação de licenças e certificados emitidos ao piloto autorizado a fazer o voo e ao operador da aeronave.
Se constatadas as irregularidades, a Anac poderá aplicar multa, suspensão ou cassação de licenças e certificados emitidos ao piloto autorizado a fazer o voo e ao operador da aeronave.
Veja a nota da Anac
"Anac detecta indícios de irregularidade em voo de Ilhéus"
"Anac detecta indícios de irregularidade em voo de Ilhéus"
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) abriu processo administrativo contra Bruno de Sá Martins de Araújo, proprietário e operador da aeronave EMB 810 Sêneca, matrícula PT-RDG, que decolou de Ilhéus (BA) às 22h50 da última terça-feira (24/09), com destino à Brasília (DF), e contra o piloto Amilcar de Carvalho Jacobina. A Agência vai apurar indícios de que a operação da aeronave aconteceu por piloto não qualificado e de realização de serviço aéreo público sem a devida autorização da ANAC.
A Agência, por meio do Sistema Decolagem Certa (DCerta), verificou divergência entre o nome do piloto que recebeu autorização para o plano de voo da aeronave e os documentos localizados por equipe da Força Aérea Brasileira às 6h55 desta manhã (26/09), quando também foram resgatados um corpo e destroços de urna funerária.
No plano de voo apresentado à Aeronáutica, o Código Anac informado foi o do piloto Amilcar de Carvalho Jacobina, entretanto, há indícios de que o voo tenha sido realizado pelo piloto Joas Cardoso Ribeiro, cuja habilitação, apesar de regular, era incompatível com o modelo de aeronave utilizado.
Ao final do processo, se constatadas as irregularidades, as sanções administrativas aplicadas pela Anac poderão ser multa, suspensão ou cassação de licenças e certificados emitidas pela Agência ao piloto cujo Código ANAC foi utilizado e ao operador da aeronave.
Sistema DCerta - Desde dezembro de 2010, a ANAC aprimorou o sistema DCerta e os pilotos passaram a receber por e-mail a informação do plano de voo solicitado com seu código, além deixar disponível, no sítio da Agência, o relatório de todos os voos realizados.
Se encontrar divergência, ou seja, se verificar que algum voo foi realizado indevidamente com seu Código, o piloto deve informar imediatamente à Agência. Encontra-se em audiência pública na Agência a revisão de norma na qual está sendo proposto o envio dessa informação aos operadores de aeronaves, para que possam acompanhar a utilização de suas aeronaves nos voos realizados, também com a responsabilidade de comunicar inconsistências de informação imediatamente ao órgão regulador.
O DCERTA, criado em 2009, faz do Brasil o único país do mundo a contar com uma ferramenta de segurança operacional de tal porte voltada especificamente para a aviação geral, tendo alcançado um patamar extremamente elevado em termos de vigilância continuada e monitoramento em seus voos."
Ao final do processo, se constatadas as irregularidades, as sanções administrativas aplicadas pela Anac poderão ser multa, suspensão ou cassação de licenças e certificados emitidas pela Agência ao piloto cujo Código ANAC foi utilizado e ao operador da aeronave.
Sistema DCerta - Desde dezembro de 2010, a ANAC aprimorou o sistema DCerta e os pilotos passaram a receber por e-mail a informação do plano de voo solicitado com seu código, além deixar disponível, no sítio da Agência, o relatório de todos os voos realizados.
Se encontrar divergência, ou seja, se verificar que algum voo foi realizado indevidamente com seu Código, o piloto deve informar imediatamente à Agência. Encontra-se em audiência pública na Agência a revisão de norma na qual está sendo proposto o envio dessa informação aos operadores de aeronaves, para que possam acompanhar a utilização de suas aeronaves nos voos realizados, também com a responsabilidade de comunicar inconsistências de informação imediatamente ao órgão regulador.
O DCERTA, criado em 2009, faz do Brasil o único país do mundo a contar com uma ferramenta de segurança operacional de tal porte voltada especificamente para a aviação geral, tendo alcançado um patamar extremamente elevado em termos de vigilância continuada e monitoramento em seus voos."
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