segunda-feira, 18 de março de 2013

Dossiê secreto argentino tentou impedir a eleição do novo Papa Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/dossie-secreto-argentino-tentou-impedir-eleicao-do-novo-papa-7874183#ixzz2NwaXD3Tb © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.



Cristina Kirchner entrega presidente ao Papa, ex-arcebispo de Buenos Aires
Foto: - / AFP
Cristina Kirchner entrega presidente ao Papa, ex-arcebispo de Buenos Aires- / AFP
Um dossiê elaborado por um membro do governo de Cristina Kirchner, escrito em espanhol, teria sido entregue a cardeais eleitores para desprestigiar Jorge Mario Bergoglio, eleito Papa na última quarta-feira, e associá-lo à ditadura argentina. A jogada, que teve como principal articulador um conhecido diplomata peronista, foi revelada nesta segunda-feira pelo jornalista Román Lejtman, do “El cronista”.
No domingo, a presidente almoçou com o Papa Francisco na Residência Santa Marta, no Vaticano. Entre risos, eles conversaram, trocaram presentes e a mandatária até ganhou um beijo do Pontífice, num clima muito diferente daquele que os dois enfrentaram em Buenos Aires quando Bergoglio ainda era cardeal. No encontro, a presidente pediu que o Pontífice intervenha pelo diálogo entre o Reino Unido e a Argentina na disputa pelas Ilhas Malvinas, colonizadas pelos britânicos.De acordo com a nota, o dossiê “foi baseado em notas escritas pelo jornalista Horacio Verbitsky, embora o caso tenha sido anulado nos tribunais federais por falta de provas”. O documento teria sido arquitetado por um diplomata e tramada por um legislador nacional vinculado aos organismos de Direitos Humanos. E infiltrado no Vaticano por um cardeal que conhecia as desavenças entre Francisco e a presidente Cristina Kirchner.
O ex-arcebispo de Buenos Aires e Cristina mantêm uma relação tensa. Por reiteradas vezes, Bergoglio criticou em suas homilias a corrupção e a pobreza na Argentina, e, de acordo com a imprensa local, teve vários pedidos de encontro recusados com a presidente. Após a escolha, a Casa Rosada divulgou um comunicado frio para saudar o novo Papa e solicitou ao argentino que tivesse um trabalho “significante para a religião”. Mas Cristina teria pedido a ministros que baixassem o tom de críticas a Bergoglio, de acordo com fontes.

(oglobo)

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