segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PT: um partido em disputa

O ano de 2013 promete ser decisivo para o Partido dos Trabalhadores. Não apenas pela necessidade de pavimentar o caminho para a reeleição dos governadores e presidente, mas pelo Processo de Eleições Diretas (PED) que acontece em novembro.

As diversas correntes internas do partido já começam a se estruturar para ganhar força e conseguir o comando da sigla na eleição para a direção nacional, estadual, municipal e zonal. Neste sentido as peças estão em movimento.

No último fim de semana, o deputado estadual Marcelino Galo e o prefeito de Vitória da Conquista Guilherme Menezes anunciaram uma aliança que pode mudar o equilíbrio de forças dentro da legenda. Galo presidiu o partido à época da vitória de Jaques Wagner em 2006.

De acordo com o parlamentar, a intenção dele e de Guilherme é começar uma mudança estrutural no partido. “Temos que agregar prefeitos, vereadores e movimentos sociais que lutam pela pesca, por moradia, pelos direitos LGBT, por novas políticas públicas para a juventude, reforma agrária e agricultura familiar, além de unir a militância da área de cultura, comprometidos com novos marcos regulatórios para o setor”.

O ex-presidente partidário afirma que é preciso dar a cara do PT para os governos. “Os governos do PT devem garantir o modo petista de governar, assim como ocorre em Conquista”.

Vitória da Conquista é maior cidade governada pelo partido no estado. As duas lideranças tentam arregimentar outros militantes filiados ao partido para transformar a nova “casa” numa das mais fortes e com chances reais de vencer o pleito interno.

Apesar de não haver confirmação, o caminho apontado como mais provável para o grupo é o da corrente “Construindo um novo Brasil (CNB)”. A tendência tem como representantes no estado quadros como os deputados Zezéu Ribeiro e Josias Gomes, ambos federais, além do secretário do Planejamento José Sérgio Gabrielli.

Se a união de forças for confirmada, a CNB pode reunir as condições para assumir a direção do partido. Neste caso, pelas conversas de bastidores, Zezéu Ribeiro, pode ser o comandante. A conversa é embrionária, mas o indicativo é forte e a batalha está apenas começando.

A direção do partido pode ser determinante para outra disputa. Esta em 2014. Os quatro pré-candidatos à sucessão do governador Jaques Wagner continuam operando para se viabilizar, cada qual no seu front.

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