segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Violência em São Paulo é destaque na imprensa internacional


A recente onda de violência em São Paulo foi destaque no jornal britânico The Guardian neste fim de semana. A quantidade de homicídios em São Paulo cresceu 86% nos últimos meses, e o confronto entre policias e criminosos assusta a população paulista.
Segundo o Guardian, a principal causa da violência é uma “guerra não declarada” entre a polícia e o Primeiro Comando da Capital (PCC), faccção que comanda o crime de dentro dos presídios.
Pelo menos 140 pessoas foram assassinadas em São Paulo nas últimas duas semanas em uma nova onda de violência criminal que levou escolas a fecharem as portas, mudou rotas de ônibus municipais e levou manifestantes às ruas. Em setembro, 144 pessoas foram mortas. As causas são muitas, mas o principal fator parece ser uma guerra não declarada entre o crime organizado e a polícia.
Apesar da situação, o aumento da violência deste ano não é uma repetição de 2006, quando uma série de rebeliões em presídios e ataques a policiais paralisou São Paulo por um dia. Segundo reportagem de ÉPOCA, a principal causa da violência foi uma mudança na estratégia do governo estadual de combate ao crime organizado. As informações de combate ao crime organizado estavam centralizadas na Polícia Civil, que foi esvaziada pelo governo.
A crise no setor foi precipitada por uma mudança na forma com que as autoridades paulistas combatem o crime organizado. O governo Alckmin optou por valorizar a Polícia Militar, em detrimento da Polícia Civil, nas investigações. Em 2009, logo depois de assumir a Secretaria, [o secretário de Segurança Antonio] Ferreira Pinto iniciou um salutar processo de “limpeza” das duas polícias. As medidas, porém, atingiram mais diretamente a Civil. No ano passado, o afastamento do delegado Marco Antônio Desgualdo do Departamento de Homicídios (DHPP), por “falta de lealdade administrativa”, foi o ápice dessa disputa velada. Segundo funcionários do governo e das duas polícias, o embate silencioso entre a cúpula da Secretaria e a Polícia Civil gerou um processo de esvaziamento dos serviços de inteligência.
Segundo o portal de notícias G1, a madrugada de domingo para segunda teve novos assassinatos. Nove pessoas foram baleadas em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, e três delas morreram. Dois ônibus foram atacados e queimados, um em Guarulhos e o outro na Zona Norte de São Paulo.(revistaepoca)

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