Reprodução/Record
O marqueteiro Duda Mendonça é acusado pelo Ministério Público de lavagem de dinheiro e evasão de divisas no escândalo do mensalão. No entanto, os crimes não são os primeiros do currículo do publicitário. Em 2004 e novamente em 2005, Duda Mendonça foi preso por participar e financiar rinhas de galo no Rio de Janeiro e em Salvador. Pagou fiança, foi liberado e viu os crimes prescreverem depois de anos sem julgamento.
A primeira prisão do marqueteiro foi em outubro de 2004, quando participava com outras 200 pessoas de uma rinha de galo num sítio entre Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
Na delegacia, Duda Mendonça se declarou sócio do local. O casarão tinha três arenas, além de viveiros. A polícia recolheu R$ 8 mil, vários cheques em branco, placares e cerca de cem animais, vários deles machucados.
O marqueteiro e outros presos pagaram fiança de R$ 1 mil e deixaram a delegacia na mesma noite. Em maio de 2005 a cena se repetiu, mas dessa vez em Salvador.
Duda Mendonça foi preso e depois denunciado por formação de quadrilha, maus-tratos a animais, desobediência a ordem de funcionário público e jogos de azar. Ele participava e teria financiado uma rinha clandestina que funcionava em um restaurante da orla da capital baiana.
Nas duas vezes, o publicitário respondeu que não tinha vergonha e que não estava fazendo nada de errado.
— O Brasil todo sabe que eu gosto de rinha de galo e sabe que esse é o meu hobby.
Crime
Participar e financiar rinhas de galo é crime, previsto em lei. O "hobby" de Duda Mendonça é considerado crueldade contra animais e prevê pena de três meses a um ano, além do pagamento de multa. Se o animal morrer, a pena pode aumentar.
No caso de promover o evento com rinha de galo, há também a contravenção penal de jogo de azar, com nova pena de três meses a um ano, multa, além de perda dos imóveis e objetos decorativos do local.
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