demonstrou contra o processo de privatização na cidade de Salvador. “Empresas que investem no mercado imobiliário têm uma cota chamada transcon, que poderia ser utilizada pela prefeitura em outras áreas menos nobres e que necessitam de investimento. No entanto, a prefeitura renunciou essa cota para beneficiar somente um lado. Isso significa que há uma máfia na prefeitura”, acredita o Hamilton, que não parou de dar exemplos sobre a centralização de poder na política da cidade. “Outro exemplo é o SETEPS que domina há anos o transporte público dessa cidade. O superintendente atual é um cara que entende tudo de transporte, que deveria estar ajudando nesta questão, mas defende somente os interesses de seus patrões”, afirma.
O candidato do Psol, Hamilton Assis, acredita também que há um interesse centralizado na Saúde do município. “Dos 2565 estabelecimentos de saúde em Salvador, apenas cerca de 460 são conveniados ao SUS. Isso representa apenas 17% das unidades de saúde que cuidam do nosso povo. E destes 17% apenas 8% são públicos e eu incluo aí as unidades municipais, estaduais e federais que não dão conta das demandas da cidade. É condenar o público a padecer nas filas”, pontua o candidato que chama o descaso de ‘racismo institucional’. “Não e possível que a população negra de Salvador seja abandonada. É necessário ampliar o investimento da saúde e mudar essa lógica. Temos que investir não só na cura como também na prevenção”, diz Hamilton.
Sobrou pra Neto
No fim da entrevista o candidato à prefeitura pelo PSOL , Hamilton Assis, desabafou sobre a candidatura de ACM Neto a qual ele considera um antagonismo. “A família de ACM se apropriou de nossos símbolos e deixou pra gente só o resto. Foram eles os responsáveis pela nossa desigualdade social. ACM Neto comanda hoje um projeto que foi do avô dele e que prioriza benefícios próprios. Ele e a família dele são os responsáveis por muitas máfias que estão aí até hoje consumindo Salvador. A candidatura dele é um grande antagonismo”, finalizou o candidato.
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