quarta-feira, 15 de agosto de 2012

AGRICULTORES CONTINUAM NO AEROPORTO


Líder de assentamento faz discurso contra as invasões
O protesto de agricultores dos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, iniciado no dia 10 de agosto, continua até hoje (15) no Aeroporto Jorge Amado, onde os manifestantes se revezam num plantão que mobiliza 100 pessoas a cada dia. As lideranças dizem que a ocupação prosseguirá  até que a principal reivindicação do grupo seja atendida, com a reintegração de posse das fazendas invadidas por índios (e supostos índios, como acusam os agricultores) da tribo Tupinambá.
O conflito se acentuou a partir do decreto da Funai, que reconheceu 47 mil hectares  na região como território tradicionalmente ocupado  pelos índios. A definição, questionada judicialmente, atinge uma área dominada por pequenas propriedades rurais, assentamentos de agricultura familiar, além de pousadas, resorts e casas de veraneio. Enquanto a justiça não toma uma posição, dezenas de propriedades vêm sendo atacadas.
Segundo os agricultores, os invasores formam milícias, arregimentando pessoas na periferia de cidades sul-baianas, as quais receberiam pagamento para fazer parte do grupo e ser cadastradas como índio. Eles também alegam que a invasão de terras ocorre de maneira indiscriminada, citando o ataque a uma propriedade de apenas quatro hectares, da qual foi expulso um idoso de 80 anos.
O principal líder da reação, o agricultor Luiz Henrique Uaquim, foi a Brasília, onde participou de reuniões na Casa Civil e no Ministério da Justiça. Uaquim retorna hoje para Ilhéus, com desembarque marcado para as 16 horas, mas ainda não se sabe que notícias  está trazendo.

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