quinta-feira, 19 de julho de 2012

CENÁRIO DE GUERRA


Crianças e jovens foram às ruas pedir paz em Itabuna (Foto Jorge Bitencourt).
Pelas projeções do urbanista Ronald Kalid, especialista em desenvolvimento urbano, se o ritmo da criminalidade for mantido Itabuna deve registrar 186 homicídios até dezembro. Ele desenvolve estudo sobre o avanço da criminalidade no município sul-baiano. O número é encontrado quando multiplicado por 365 (um ano) o resultado da divisão dos 100 homicídios registrados pelo número de dias corridos (198).
Faz-se uma regra de três. Divide-se 186 pelo número estimado de habitantes da cidade (220 mil). Por esta conta, teríamos 84,85 crimes por 100 mil habitantes, muito superior ao da convulsionada Síria ou do Iraque no pós-guerra. Os números apontados pelo especialista são até otimistas.
O Mapa da Violência 2012, publicado em maio, trouxe dados mais alarmantes sobre homicídios em Itabuna nos últimos anos. O levantamento foi elaborado pelo Instituto Sangari e Ministério da Justiça.
Pelo mapa, foram 210, em 2010; 232, em 2009; e 208, em 2008, o que dá taxa média de 103,9 por 100 mil habitantes. Por isso, a cidade ficou no 8º lugar no ranking nacional da violência e 3º no estado, atrás apenas de Simões Filho (1º) e Porto Seguro (5º e 2º).
Na manhã desta quinta-feira, 19, cerca de 800 pessoas participou da Caminhada da Paz pela Avenida do Cinquentenário, no centro de Itabuna, convocada pelo Grupo de Ação Comunitária (GAC). A maioria delas exibiu botons, adesivos, faixas e cartazes pedindo um basta nesse cenário de horror.

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