quarta-feira, 6 de junho de 2012

Para Jaques Wagner, a manutenção da greve dos professores é inexplicável


O governador Jaques Wagner afirmou, nesta terça-feira (5), em entrevista na governadoria (CAB), que a decisão de manter a greve dos professores da rede pública estadual é “inexplicável” e que foi recebida com “tristeza, decepção e indignação”. Ele revelou que a proposta de ganhos escalonados de 3% e 4% saiu de integrantes da APLB/Sindicato e foi incorporada pelo governo e ressaltou que em nenhum momento se falou de que será necessária uma prova, mas sim cursos de qualificação. “Ninguém terá que fazer prova, só terá que estar presente nos cursos”, esclareceu.
 
O fato de uma nova assembleia ter sido marcada para terça-feira da próxima semana (12), um hiato de sete dias, sugere, para o governador, descaso com a situação dos alunos. “Não consigo entender o que passa na cabeça desses educadores e de suas lideranças. Fui sindicalista, da iniciativa privada, e (quando em greve) as nossas assembleias eram permanentes, às vezes duas ou três vezes ao dia. Eles, sindicalistas do serviço público, estão prejudicando os alunos mais carentes da sociedade”, falou o governador, acrescentando que não há direito a salário que seja maior que o direito dos alunos à educação.
 
Sobre as afirmações, dos sindicalistas, de que o governo estaria sendo intransigente, Jaques Wagner lembrou que a cada vez que o governo se movimenta (apresenta uma proposta) “eles não saem do lugar”. “Quero, cada vez mais, valorizar os educadores, mas tenho limites”, observou.
 
 
Os professores
 
"A categoria continua em greve. Nós não aceitamos a proposta", disse o presidente da APLB, Ruy Oliveira, à equipe de reportagem do bocão news
 
A proposta apresentada pelo governo prevê aumento de 4%, em outubro de 2012, e 3% em abril de 2013, na forma de progressão na carreira. Para isto, os professores que estão na categoria “A” passarão para uma nova, a “A1”, em progressão que representa um aumento entre 22% e 26% até 2013, incluindo os 6,5% e 11,5% já anteriormente concedidos à categoria. Há ainda a obrigatoriedade de se fazer um curso à distância para merecer o benefício. Os professores discordam da necessidade de revogar a Lei 12.364, a qual assegura o cumprimento do piso salarial e também trata de reajustes reais nos salários dos trabalhadores.  (bocão news)

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