Assim como já tinha ocorrido no início deste ano, uma nova operação policial acaba de ser desencadeada, visando destruir 1.700 fornos clandestinos de carvão e prender uma suposta quadrilha que estaria agindo no extremo sul. A ação da polícia foi batizada de “Operação Cruzeiro do Sul 2”.
A ação está sendo realizada nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri, Alcobaça, Prado, Caravelas e Nova Viçosa. Os fornos produzem carvão sem licença ambiental, e com madeira supostamente retirada da Mata Atlântica.
A operação também está apurando outros crimes ambientais ligados à produção, transporte e venda de carvão. E ainda crimes como furto, roubo, receptação, formação de quadrilha e sonegação fiscal. De acordo com o Ministério Público, o carvão produzido é vendido por empresas “laranja” e abastece siderúrgicas da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
Líderes comunitários asseguram que sem o carvão, centenas de pessoas passam fome na região |
Nos últimos meses a imprensa regional acompanhou casos de famílias que sobreviviam da produção de carvão, segundo elas da sobra de galhos do eucalipto. Sem renda e capacitação profissional, dezenas de pequenos produtores denunciaram falta de recursos até para comprar alimentação.
Líderes comunitários ouvidos pelo Teixeira News asseguram que o problema social é tão agravante na região, que mesmo diante das medidas de repressão, os pequenos produtores rurais sempre irão reconstruir esses fornos, pois os mesmos são a única fonte de região para centenas de famílias que vivem no campo.
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