domingo, 10 de junho de 2012

Bahia construirá 1.300 barragens subterrâneas para convivência com a seca


Construir 1.300 pequenas barragens subterrâneas para perenizar riachos e rios nos 246 municípios que decretaram estado de emergência por causa da seca. Esta é a decisão do governador Jaques Wagner, depois de discutir com o secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, e com o secretário Rui Costa, coordenador do Comitê da Seca, como aplicar os recursos não reembolsáveis que estão sendo liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério da Integração (MI). São R$ 100 milhões para os estados nordestinos e Minas Gerais aplicarem em obras estruturantes de convivência com a seca. Á Bahia coube R$ 22,1 milhões.
O anúncio foi feito pelo secretário Eduardo Salles, em Guanambi, durante despacho itinerante realizado no parque de exposições da cidade, com a participação de centenas de agricultores, presidentes de associações e cooperativas, secretários de agricultura e prefeitos dos municípios do Território de Identidade Sertão Produtivo. Salles explicou as medidas emergenciais e estruturantes que o governo do Estado está adotando, e discutiu com os agricultores as alternativas para as cadeias produtivas da apicultura, mandiocultura, fruticultura, bovinocultura de corte e de leite, algodão e cana-de-açúcar. Participaram do encontro os superintendentes da Seagri e os coordenadores e diretores da EBDA, Adab, Bahia Pesca e CDA.
A decisão do governo baiano já foi comunicada ao BNDES/MI, que dentro de 45 dias vão assinar Acordo de Cooperação, liberando então os recursos. As obras, nas áreas de recursos hídricos e de sustentabilidade da agropecuária, poderão ser tocadas diretamente pelos estados através dos seus órgãos executores, ou por meio da Codevasf ou DNOCS.
Além da Bahia, os estados nordestinos de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, e ainda Minas Gerais, também já encaminharam ao BNDES/MI suas opções de aplicação dos recursos, que variam entre  construção de barragens subterrâneas visando a perenização de rios e riachos; construção de biofábricas para produção e distribuição aos agricultores familiares de mudas com alto padrão genético e sanidade, de cactus, (comum no Nordeste, como a palma, para alimentação animal), sisal, umbu, caju, manivas de mandiocas e de outras culturas tolerantes e resistentes à seca; sistemas de irrigação simplificados de dois hectares para comunidades de agricultores familiares visando a produção de hortaliças, grãos e frutas, ou ainda para construção de cisternas produtivas.
 
  

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